sábado, 4 de setembro de 2010

Circulação do vírus 3 da dengue preocupa

A circulação do vírus 3 da dengue, o tipo mais grave da doença e que pode evoluir para dengue hemorrágica, é a grande preocupação da Secretaria de Estado de Saúde e um dos motivos pelo qual o Estado está entre os considerados de risco por uma possível epidemia no próximo inverno. Ana Helfer, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sespa, explica que o vírus predominante no Pará é o 1 e o 2, por isso, a população está mais suscetível ao vírus da dengue 3. “Se não for feito um bom trabalho e se não tiver boa assistência dos casos e dos sinais de alerta, provavelmente teremos epidemia”.




Helfer alerta para a importância da rede de assistência ficar alerta para a sintomatologia da doença e os sinais de alerta que podem levar para a dengue hemorrágica e classificação como paciente de risco. A Sespa está orientando os municípios para a classificação de risco, dividida em quatro fases, cada uma com certo grau de gravidade.



Além da orientação das fases, a secretaria está atuando na supervisão em todos os municípios, dando suporte de capacitação, monitoramento das informações e controle veto-



rial e de estoque de larvicida e inseticida. “Os municípios têm a função de executar as ações de assistência, mas estamos fazendo também uma abordagem com a mídia regional, por conta dos tipos de criadouros, dependendo da região, terem características diferentes”, afirma Helfer.



No total, 21 municípios estão classificados como de risco no Pará. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o Estado apresentou uma redução de 4% dos casos confirmados de dengue, 57% de redução nos casos com complicação e 31% a menos nos casos de dengue clássica.



DENGUE 4



Casos suspeitos de dengue 4 devem agora ser notificados às autoridades de saúde em um prazo de 24 horas. A determinação faz parte de uma portaria do Ministério da Saúde publicada ontem sobre doenças de comunicação compulsória, aquelas que obrigatoriamente têm de ser informadas pelo governo.



Além de incluir a dengue 4 em uma lista de doenças



prioritárias, a portaria determina que intoxicações por agrotóxicos, casos de sífilis, picadas de cobras e outros animais peçonhentos, esquistossomose e atendimentos para vítimas de ataques de cães, gatos e morcegos passem a ser obrigato-



riamente comunicados às autoridades sanitárias.



As novas regras são resultado de mais de um ano de análise e atendem às recomendações do Regulamento Sanitário Internacional, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005. (Com informações da Agência Estado)



Sintomas



A dengue 3 é transmitida pelo “Aedes albopicurus”, no entanto, os sintomas da dengue transmitida pelo albopicurus são os mesmos que o da doença transmitida pelo Aedes aegypt: febre, dor de cabeça, dor nos olhos, músculos e náuseas. (Diário do Pará)

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