sábado, 25 de setembro de 2010

Combate à dengue não para com estiagem

Apesar do grande período de estiagem, os esforços para conter a proliferação do mosquito da dengue não param. Agentes do Centro de Controle de Zoonoses focam o trabalho na localização de pontos de despejo de ovos do Aedes aegypti, para evitar o surgimento de larvas quando as chuvas voltarem a cair. Vasos de plantas, bebedouros de animais domésticos e caixas de passagem de água (no telhado) são os locais preferidos do inseto para depósito de crias.
O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa) em Uberlândia apontou 0,7% de infestação, portanto, abaixo do 1% preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No mês de janeiro, o número chegou a 2,9%. Segundo o coordenador do programa de combate à dengue, José Humberto Arruda, desde o dia 3 de agosto não há casos confirmados da doença no município. “O quadro de proliferação da dengue em Uberlândia é infinitamente menor do que comparado ao resto do país”, afirmou. De acordo com ele, a cidade se destaca por apresentar algumas ações que outros municípios não possuem, como a coleta de pneus velhos.
Mesmo com mais de um mês sem contaminações confirmadas, alguns trabalhos para matar mosquitos adultos ainda são feitos nos bairros da cidade assim que é constatado um caso suspeito. “Há uma virose que apresenta sintomas parecidos com a dengue”, disse Arruda.
Na manhã de ontem ocorreu uma ação no bairro Tocantins. “O único caso suspeito de dengue que conheço por aqui é o meu”, afirmou a aposentada Helena Dias de Almeida. Quatro dias após adoecer, ela procurou a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Luizote de Freitas onde soube que poderia ter contraído a doença. Segundo Almeida, foi a primeira vez que viu agentes com máquinas dedetizadoras.
Fim do período de seca preocupa
De acordo com o coordenador do programa de combate à dengue, José Humberto Arruda, a cada 100 casas visitadas, “raramente” uma apresenta ovos do mosquito Aedes aegypti. “Mesmo assim fazemos visitas para evitar um quadro ruim quando as chuvas voltarem”, disse.
Segundo Arruda, os principais locais domésticos em que se encontram ovos são vasos de plantas, bebedouros de animais e caixas de passagem de água. Para evitar a eclosão dos ovos, o recomendável é lavar os recipientes com bucha, esfregando-os bem, além de não deixá-los com água parada. De acordo com o coordenador, é comum os vasinhos serem enchidos pela mão humana, após donas de casas regarem as plantas com água da mangueira, por exemplo.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário